Tá Dando Onda
Postado por Igor Augusto em Filmes on 17 dezembro 2007
No meu blog anterior... fazia críticas e postava notícias. Esse texto particulamente, gostei porque o filme é ótimo e, como verão no texto a seguir, nunca mais tinha me divertido tanto. Confiram aí.
Tá Dando Onda - 1 de Novembro de 2007 no Blog No Cinema
Ontem (31/Out), eu chego correndo no cinema para assistir o filme Tá Dando Onda. Entrei para direto para a sala que já estava razoavelmente cheia de pais e filhos e outros alguns adultos e adolescentes. Antes de começar a exibição, sempre há papos entre pais e filhos. Comentários sobre Ratatoille (Ra-ta-tui) surgiam de todas as partes da sala, afinal, era mais uma animação de grande porte (mesmo não sendo da Disney/Pixar). “Aquele ratão com orelha que ia até o céééééu!”, uma das melhores frases que ouvi pela sala.
As luzes são apagadas e ouvem-se os pais dizendo: “Fiquem em silêncio como da outra vez.” A sala fica toda em silêncio durante o filme com exceção das típicas gargalhadas que sai uma piada. No início do filme, já pude ver que o estilo documentário que iria dominar o filme de modo cômico (contando até com a participação do câmera questionando os personagens) e a partir da primeira entrevista com o pingüim Cadú Maverick quando é atingindo por uma bola de neve solta um “Taca a mãe pra ver se kica!” e a platéia vai à loucura (eu mesmo cheguei a soltar algumas lágrimas de tantos rir nessa parte) já deu uma idéia do que me esperava pelos próximos 90 minutos de sessão.
O filme mostra a paixão do jovem pingüim Cadú Maverick pelo surf. Ele mora do Frio de Janeiro na Antártica com seu irmão mais velho e sua mãe, e sonha em ir para o campeonato de surf. Quando ele era pequeno, ele ganhou uma “medalha” do próprio Big Z e assim tornou seu fã e, consequentemente, fã do surf. Big Z era o astro do surf até que quando liderava um campeonato, foi abatido por uma onda e nunca mais foi visto, deixando o caminho livre para Tank, um pingüim metido a besta que acha que pega onda melhor que todo mundo e quer de qualquer jeito ganhar o próximo campeonato.
De volta ao Frio de Janeiro, Cadú mostra suas habilidades com a prancha de gelo e sua família não dá a mínima para o “garoto” e querem mais é vê-lo sonhar (e trabalhar na “peixaria”). Até que certo dia aparece o caça talentos e descobre Cadú, e com certa resistência e ajuda do excelente João Frango, é levado para a ilha onde acontece o tal campeonato. Lá, muitos personagens legais são apresentados ao público que passa a sessão toda rindo exageradamente e com motivo. Piadas legais e personagens carismáticos e únicos, além de mostrar a importância e peso que a amizade tem em nossas vidas.
Nessas horas de diversão é que vemos a qualidade da dublagem brasileira (nossa dublagem!). Impecável. Feita do estúdio Delart, ela conta com vários dubladores de peso e uma global (não diferente dos outros dubladores, excelente). Acho difícil ter a mesma experiência nesse filme na versão legendada. Fazia tempo que não me divertia tanto. Saí da sala com um sorriso estampado na cara e um humor rejuvenescido.
Tá Dando Onda não é só diversão, funciona também como um colírio para os olhos dos mais exigentes. Só para começar pelos detalhes. Como os personagens são pingüins, eles não têm pêlos para balançar, apesar cabelos legais que vão pra lá e pra cá com o vento. O mar é retratado com muito realismo assim como a areia, as matas e todos os elementos que fazem parte da cena. Essa é a Sony Pictures Animation colocando medo na DreamWorks Animation e Disney/Pixar (mais uma vez).
Enfim, foi isso. Até a próxima.
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