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Eu Sou o Número Quatro

Eu Sou o Número Quatro reúne uma dupla que admiro muito. O primeiro é D.J. Caruso, responsável pelos thrillers Paranóia e Controle Absoluto. Depois tem Michael Bay, diretor de Transformers e produtor de diversos filmes de terror e suspense como Sexta-Feira 13 e O Massacre da Serra Elétrica. Ao ver estes dois nomes num único trailer, corri para o cinema aproveitando que iria ao shopping para rever os amigos.

Uma sessão estranhamente vazia para um dia de promoção nos cinemas, porém com uma chuva muito forte que caiu por aqui durante a tarde, o filme me pegou de surpresa. Depois de assistir o teaser trailer e ver algumas cenas de ação, eu pensei que seria apenas mais um Jumper da vida. Para quem não se lembra: Jumper foi dirigido por Doug Liman e conta a história de um jovem com o poder de teletransportar, ou simplesmente saltar, e que está sendo caçado por paladinos de não sei de onde. Eu Sou o Número Quatro é uma evolução disso.

Eu Sou o Número Quatro mostra a luta pela sobrevivência de “John Smith” (que quase significa “fulano de tal”, vide Piratas do Caribe A Maldição do Pérola Negra quando Jack Sparrow chega ao cais no início do filme e quando questionado por seu nome ele simplesmente dá algumas moedas ao “flanelinha” do cais, que responde “Bem vindo, Sr. Smith”), interpretado por Alex Pettyfer, que é caçado pelos Mogadorian que mataram o número 3 logo no início do filme. Isso acaba forçando John a trocar novamente de cidade com seu guardião interpretado por Timothy Olyphant. Ao chegar na cidade Paradise, ele volta a estudar e encontra o nerd à procura do pai abduzido, Sam (Callan McAuliffe), a amor da sua vida, Sarah (Dianna Agron) e o carinha popular, Mark (Callan McAuliffe), que é o ex-namorado obsessivo de Sarah. À essa altura, John já tem os aliens maus atrás e ainda uma loira de moto que em certas tomadas lembra Megan Fox em Transformers.

Tecnicamente o filme manda bem nos efeito visuais e, principalmente, nas cenas de ação já que o principal lida com seus poderes em diversos momentos durante cenas de movimentação. A fotografia de Guillermo Navarro (diretor de fotografia nos filmes de Guillermo del Toro) é notável principalmente em cenas passadas à noite. Como não posso deixar passar em branco, D.J. Caruso tem uma direção envolvente com jogo de câmera rápidas, mas não o tempo todo móveis como Michael Bay geralmente utiliza. O elenco agrada (sacou o trocadilho? ;D) e legal ver o casalzinho formado por Alex Pettyfer e Dianna Agron em cenas de amor adolescente com aquela cara “in love”. O novato (pelo menos pra mim) Callan McAuliffe faz um nerd sem amigos e sendo vítima constante de brincadeira tornando o personagem bem carismático após o início da amizade com o Número 4 quando ele quer ser um guerreiro para impressionar as meninas.

No geral, Eu Sou o Número Quatro agrada bastante com uma equipe muito bacana, roteiro adaptado da obra de Pittacus Lore e grandes cenas de ação com efeitos visuais de nível. Com a demora de dois meses em relação à estreia nos EUA (2 de fevereiro), o longa custou aproximadamente $60 milhões e arrecadou apenas $54 milhões apenas no EUA, totalizando $128 milhões pelo mundo. Mesmo com um lucro pequeno, mas com reações positivas diante de boa parte das críticas, há chances de sequência vindo por aí e quem sabe mais uma franquia baseada em obras escritas.